O congelamento de óvulos surge então como opção de preservação de fertilidade basicamente em dois grupos de mulheres: aquelas mulheres que por questões sócio familiares afetivas retardam então a sua primeira gravidez e aquelas mulheres que por questões de trabalho, de escolhas profissionais retardam a primeira gravidez. Outro grupo, d são aquelas mulheres que são surpreendidos por doenças oncológicas, como as lesões de mama e que precisam fazer algum tratamento que possa comprometer a fertilidade como quimioterapia, radioterapia e podem e tem a opção de congelar esses óvulos antes do início do tratamento oncológico. Assim sendo são dois grupos de pacientes, congelamento para preservação de fertilidade por motivos oncológicos, e aqueles por motivos sócio familiares afetivos culturais profissionais.
O processo de congelamento, do ponto de vista prático, é realizado no período de 12 dias em média; a paciente inicia através da estimulação ovariana com medicamentos hormonais, para o crescimento dos folículos existentes naquele ciclo; durante esse período pode continuar no seu trabalho habitual. Ela precisará interromper o trabalho no dia da coleta dos óvulos (Punção ovariana), que geralmente é realizado no 12º dia do ciclo de estímulo de medicamentoso.
É claro que a melhor idade para o congelamento é a mais cedo possível porque a partir de um congelamento precoce você consegue mais qualidade desses óvulos, quando futuramente você for utiliza-los para formar embriões. O ideal é congelar até os 30 anos mas pode ser feito congelamento em qualquer idade, resguardando-se apenas essa observação de que quanto mais cedo, melhor qualidade e quantidade. Durante o tratamento é feito uma estimulação dos ovários para que essa mulher possa ter o maior número óvulos possíveis na coleta, portanto você tem a fase de indução de ovulação, ultrassonografia dia sim dia não, medicação de uso diário, e fazemos o acompanhamento até a coleta dos óvulos.
Esses óvulos podem ficar congelados indefinitivamente, então não a questão temporal, mas é preciso lembrar que esses óvulos ainda não são embriões, são óvulos, e aí quando você começa o estímulo, começa a guardar esses óvulos, no momento que você for utilizar-los, eles serão descongelados, os espermatozoides serão injetados para a formação do embrião, que passarão pela biopsia embrionária para fazer a avaliação genética, e então ter embriões euplóides eu seja geneticamente saudáveis. Significa então que ter óvulos não é ter embriões, portanto, quanto maior o número de óvulos, maior as chances no final, para se ter um número razoável de embriões.